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Canela-Sassafrás
Espécie: Ocotea odorifera (Vellozo) J. G. Rohwer; Mitt. Inst. Allg. Bot. Hamburg, 20:111, 1986.
Sinonímia botânica: Laurus odorifera Vellozo; Ocotea pretiosa (Nees) Mez; Ocotea pretiosa var. pretiosa Vattimo.
Nomes vulgares: canela, em Minas Gerais; canela-cheirosa; canela-funcho, no Estado de São Paulo; canela-mulungu; canela-parda; casca-cheirosa; casca-preciosa, nos Estados do Rio de Janeiro e de São Paulo; louro-cheiroso; louro-sassafrás, louro-tapinhoã, sassafrás-amarelo, sassafrás-preto, sassafrás-rajado, na Bahia; pau-funcho; sassafrás, na Bahia, em Minas Gerais, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina; sassafrás-brasileiro; sassafrás-funcho; sassafrás-do-brasil, sassafrás-do-paraná; sassafrasinho, em Minas Gerais e no Estado de São Paulo.
Etimologia: Ocotea é nome popular na Guiana; odorifera é porque toda a planta exala um odor de safrol.
Descrição
Forma biológica: árvore perenifólia, com 5 a 15 m de altura e 30 a 60 cm de DAP, podendo atingir até 28 m de altura e 120 cm de DAP (Paula & Alves, 1997), na idade adulta.
Tronco: geralmente tortuoso, curto, escavado, com quinas irregulares e pronunciadas, com pequenas dilatações na base e muitas vezes ramificado a pequena altura; fuste com até 8 m de altura.
Ramificação: dicotômica, irregular, ascendente; a copa, nos indivíduos em crescimento isolado, é globosa e provida de folhagem densa.
Casca: com espessura de até 12 mm. A casca externa é castanho-acinzentada a castanho-pardacenta, rígida, com cicatrizes típicas provenientes da descamação e lenticelas salientes. A casca interna é bege a salmão, com forte odor característico (Ivanchechen, 1988).
Folhas: alternas, simples, inteiras, oblongolanceoladas, com 5 a 15 cm de comprimento, por 1,5 a 5 cm de largura; quando esmagadas, apresentam cheiro inconfundível.
Flores: brancas ou amarelas, muito perfumadas. As flores são reunidas em inflorescências glabras, paniculadas na ponta dos ramos, com até 5 cm de comprimento e contendo até nove flores. Fruto: bacáceo (Barroso et al., 1999), elíptico, quase liso, castanho, de até 2,5 cm de comprimento por 1,2 cm de diâmetro, envolto pela cúpula carnosa hemisférica até pouco abaixo do meio.
Semente: marrom, com estrias claras, até 12 mm de comprimento por 9 mm de largura, muito aromáticas.
Biologia Reprodutiva e Fenologia
Sistema sexual: planta hermafrodita.
Vetor de polinização: principalmente as abelhas e diversos insetos pequenos, entre os quais os sirfídeos (Diptera: Syrphidae) (Arruda & Sarzinea, 1996).
Floração: de agosto a setembro, no Estado de São Paulo; de agosto a dezembro, em Minas Gerais; de outubro a dezembro, no Rio Grande do Sul; de dezembro a fevereiro, em Santa Catarina e de dezembro a abril, no Paraná.
Frutificação: os frutos amadurecem de maio a junho, em Minas Gerais; de maio a novembro, no Estado de São Paulo; de junho a setembro, no Paraná e em Santa Catarina e de junho a dezembro, no Rio Grande do Sul.
Aspectos Ecológicos
Grupo sucessional: espécie secundária tardia (Durigan & Nogueira, 1990) ou clímax tolerante a sombra.
Características sociológicas: observa-se regeneração natural satisfatória da canela-sassafrás em vários estratos, na floresta primária. Na floresta primária explorada, encontram-se plantas jovens poupadas da extração ou brotações de tocos ou raízes. Não se constata regeneração na vegetação secundária. A dispersão é irregular e descontínua, chegando, em determinadas áreas, a constituir densos povoamentos. Em outras áreas, é rara e até inexistente.
Fonte: Espécies Arbóreas Brasileiras – Vol.1, Paulo Ernani Ramalho Carvalho