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Pinha-do-brejo
Espécie: Talauma ovata A. St.-Hilaire; Fl., Bras. Mer.1(1): 26. .t.4. f.A, 1825.
Sinonímia botânica: Talauma dubia Eichler; Talauma fragrantíssima Hook.
Nomes vulgares: araticum; araticum-do-brejo e cedro-branco, no Estado do Rio de Janeiro; araticum-fruta-de-pau, na Bahia e no Estado de São Paulo; avaguaçu; baguaçu-anão e pinheiro-do-brejo, em Santa Catarina; bicuibaçu; caaguaçu; campina, fruta-de-pau e pinha-da-mata, na Bahia; canela-do-brejo, uvaguaçu e vaguaçu, no Estado de São Paulo; fruta-de-urubu, no Distrito Federal; magnólia-branca; magnólia-do-brejo, em Minas Gerais e no Estado de São Paulo; magnólia-do-mato; pau-palheta, pau-pombo, pinha-do-brejo, no Distrito Federal, em Minas Gerais, no Estado do Rio de Janeiro, no Rio Grande do Sul e no Estado de São Paulo; pinheiro; pinho-do-brejo, no Distrito Federal, em Minas Gerais e no Estado do Rio de Janeiro.
Etimologia: Talauma é nome popular nas Antilhas; ovata vem de ovóide, isto é, “em forma de ovo”, a aparência do fruto quando está fechado.
Descrição
Forma biológica: árvore perenifólia, com 10 a 20 m de altura e 50 a 80 cm de DAP, podendo atingir até 30 m de altura e raramente até 130 cm de DAP, na idade adulta.
Tronco: cilíndrico, reto ou pouco sinuoso. Fuste com até 15 m de comprimento.
Ramificação: cimosa, grossa e tortuosa. Copa ampla, densa e arredondada, com o broto terminal preso ao pecíolo, deixando cicatriz ao destacar-se.
Casca: com espessura de até 20 mm. A casca externa é lisa ou quase lisa, marrom, desprendendo-se em lâminas pequenas, irregulares e finas, numerosas, próximo à base das árvores adultas. A casca interna é amarelada.
Folhas: simples, alternas, glabras, coriáceas, oblongo-elípticas, ápice obtuso, verde-escuras na face superior e verde-pálidas na face inferior; lâmina do limbo com 25 a 30 cm de comprimento e 10 a 15 cm de largura e pecíolo com 2,5 cm a 7 cm de comprimento, com pulvínula na base.
Flores: brancas, isoladas, grandes, vistosas, odoríferas e axilares.
Fruto: cápsula lenhosa, grande, verrucosa, lembrando a fruta-do-conde, mas deiscente, ovóide, pedunculado, constituído de numerosos carpídios concrescidos entre si, formando um sincarpo. Na maturação, os sincarpos se rompem irregularmente, liberando as sementes alojadas em cavidades (carpídios) do eixo central lenhoso. Cada fruto contém, em média, 110 a 120 sementes.
Semente: marrom, 1 a 2 por carpídio, envolta por arilo vermelho, com 10 mm de comprimento e 6 mm de largura, apresentando cicatriz (hilo) grande, localizada numa pequena invaginação, rica em óleo essencial e muito apreciada pelos pássaros.
Biologia Reprodutiva e Fenologia
Sistema sexual: planta hermafrodita. Vetor de polinização: principalmente os besouros (Morellato, 1991).
Floração: de setembro a outubro, no Distrito Federal; de outubro a novembro, em Minas Gerais; de novembro a dezembro, no Estado de São Paulo, no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, e em janeiro, no Distrito Federal.
Frutificação: os frutos amadurecem de julho a agosto, no Distrito Federal; de agosto a setembro, no Rio Grande do Sul; de agosto a outubro, em Santa Catarina e no Estado de São Paulo; de agosto a dezembro, no Paraná e, em setembro, em Minas Gerais.
Solos
Talauma ovata é sensível às condições edáficas, ocorrendo em solos profundos, aluviais e úmidos, suportando inundação e encharcamento. Em plantios experimentais, tem crescido melhor em solo de fertilidade química elevada, profundo, bem drenado e com textura argilosa.
Fonte: Espécies Arbóreas Brasileiras – Vol. 1 – Paulo Ernani Ramalho Carvalho